domingo, 15 de janeiro de 2012

Do tempo que o mundo valia a pena! (um desabafo)

      Sei que alguém ao ler essa publicação vai me rotular de machista, arcaico, retrógrado e termos assemelhados; não tem importância, não me faz pensar diferente, não mais sofro mutações com base em opiniões de outrem, resisti a adolescência, estou em processo de mudança contínua sim, até mesmo para continuar sobrevivendo nesse mundinho, que nos esforçamos por construir, esforço esse que me produz vergonha e nunca orgulho.

      Quando o mundo foi criado, cada um dentre todos os personagens tinha o seu papel bem definido pelo Arquiteto de todas as coisas, o Altíssimo. Seus direitos, suas obrigações, alguns eram mais fortes, outros frágeis, e tudo existia em uma perfeita harmonia, e assim o foi por algum tempo; tempo esse que nomeio como a glória de todas a criação. O homem porém, não é como os outros animais, que ainda hoje cumprem seus papeis na forma como foram concebidos, mesmo prejudicados pelas decisões humanas no decorrer dos tempos; o homem tem mudado e essas mudanças não o fizeram melhor, pelo contrário, fizeram de nós o que hoje somos, uma completa vergonha, um completo desrespeito ao Criador, que nos fez para um propósito.

      Por uns minutos passemos a discorrer sobre a criação, vejamos no que parecemos hoje com o projeto de outrora.
      O homem foi o primeiro, então passou a ser chefe, líder de sua casa, de sua família e responsável pela manutenção da mesma, seus mantimentos, pelas determinações, e por todas as outras atribuições que herdam aquele que tomou para si a responsabilidade de ser líder. Esse não deveria ser deposto, nem desrespeitado, seja em casa, ou no meio da sociedade em que vive é nele que reflete a imagem do Criador. O homem foi concebido para ser o senhor de sua casa, o protetor de sua família, o guardião da fé doméstica e da moral, aquele que seria visto e respeitado no proceder de sua esposa e de seus filhos, pois esses seriam o reflexo de seu trabalho árduo, todavia honroso. Era do homem e somente dele a responsabilidade de sair de casa em busca de mantimentos, trabalho e condições de subsistência de seus dependentes (termo esse que hoje só é empregado na declaração de imposto de renda).

      À mulher, que é a imagem do homem, por ter sido criada deste, cabia a fiscalização no cumprimento das determinações por ele criadas, o cuidado com os filhos e sua educação, o zelar do marido, o exercício da correta postura de uma senhora casada, que rendia a seu cônjuge o respeito e admiração de seus pares, a completa submissão ao mesmo (pronto, aqui por meu escrito acabei de ser condenado por toda a vida), cabia-lhe no passado o papel de companheira fiel, ponto de apoio sempre que necessário, e refúgio do dia-a-dia ao retornar para casa seu homem de um dia de lutas. A mulher nasceu para ser amada por sua doçura, protegida por sua fragilidade, e tomada de volta por aquele de quem ela foi tirada (lembra da costela de Adão?). Das mulheres, o desejo seria para seu marido e somente para este; suas decisões seriam tomadas sempre buscando agradar aquele que por ela deixou pai e mãe, que em minha opinião são sagrados para toda a vida. É prazeroso chegar de um dia cansativo de trabalho e encontrar sua casa, limpinha e confortável, os filhos bem cuidados e as demais coisas em seu devido lugar, hum, isso é muito bom, compensa todo o dia de luta e cansaço que tem o marido.

      Aos filhos compete o completo respeito aos mais velhos, onde reflete a educação por seus pais passada, e a esses últimos deve os filhos além do respeito, a admiração e completa submissão.

      Bom, em linhas gerais esse é o meu conceito de família, desde a criação do mundo, sei que sou dos poucos (contados a dedo que ainda mantém esse pensamento quadrado), e por isso não sinto alegria alguma em viver nesse mundinho medíocre que ajudei a construir.

      A base da sociedade de rompeu, não teremos bons homens, bons políticos, bons educadores, bons profissionais de saúde, não teremos nada, pois não mais temos boas famílias.

      Veja agora o modelo da família moderna.
      O homem foi deposto de seu lugar de líder, as mulheres em uma sociedade corrompida exige direitos iguais, como se igual ao homem ela fosse, não mais se contenta em ser sua ajudadora, agora também é independente e a tal ponto de não mais acreditar que deve ao marido seu desejo e sua fidelidade. O homem é o maior culpado, por deixar que essa abominação ganhasse força.

      Ao sair de casa para trabalhar, a mulher abandona o cuidado do marido que fica por conta própria na maioria das vezes, e a educação dos filhos, tarefa essa que a mesma sociedade feminista tem atribuído às escolas, quando deveriam ser essas apenas fontes transmissoras de conhecimento. Cabia em séculos remotos à mulher o papel de apresentar enquanto em casa com os filhos as diretrizes de cidadania e moralidade. Hoje com a ausência da mãe em casa, pois o pai sempre teve de trabalhar, ficam os filhos deficitários desse modelo de educação que outrora funcionava perfeitamente.

      Os filhos modernos não encontram razão para respeitar, para serem dignos, honrados e outras coisinhas mais que víamos no passado (sessão nostalgia, não sou tão velho como pareço). E por não encontrarem em casa o ensinamento necessário, a educação de direito, se corrompem com maior facilidade, pois chegam a adolescência e idade adulta sem que tenham recebido enquanto crianças o tempo, a demonstração de amor, o ensinamento, a fiscalização, repreensões e demais incentivos que somente poderiam ser transmitidos a esses se suas mães deixassem para os maridos a responsabilidade de prover a manutenção doméstica, e limitasse a cuidar de seus maiores investimentos, a demonstração de amor aos filhos, sua educação, ensinamentos e o zelar pelo marido.

      Portanto, senhores e senhoras modernos, não reclamem das escolas nem finjam desconhecer a razão, quando seus filhos, muitas vezes dotados de conhecimento, se corromperem lhes trazendo dor e tristeza. Foram vocês que não souberam manter o conceito de que a família é sagrada e a base de toda a sociedade, e isso unica e exclusivamente nos moldes da criação original.

De próprio punho, se é que assim pode dizer quando não mais faço uso de papel e caneta e sim do teclado.

José Wiltomar DUARTE